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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Hoje 02/08 tem MPB com Denilson Prata e convidados
no Empório dos Petiscos.
Noite especial de reencontros musicais.
São convidados de Denilson Prata nesse show                                os amigos de tantos anos:
Marcelo Calazans, Daniel Zaniqueli, Jack Sisaa,
Wilian Batera, Beto Abdias entre outros.
19h no Empório dos Petiscos
Av. Presidente Vargas 3361 Centro.
Teixeira de Freitas-BA tel: 3291-6392

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Você pensa que essa Copa é nossa?

Os governantes falam o tempo todo que a Copa e as Olimpíadas trarão benefícios para o Rio de Janeiro e pra o Brasil. Mas benefícios pra quem?
O custo de vida e o aluguel não param de aumentar, famílias são removidas de suas casas, ambulantes e camelôs proibidos de trabalhar.
Mas ELES os “donos da festa” estão gastando dinheiro público e apresentaram uma lei para não prestar contas do que foi gasto.
Pra piorar, a FIFA, a CBF e seu presidente Ricardo Teixeira, organizadores da Copa, sofrem várias denúncias de corrupção.
Enquanto bombeiros, professores, a saúde e o saneamento são arrochados, bilhões são dados de mãos beijadas para empreiteiras e especuladores.
Tudo indica que com a Copa e as Olimpíadas vamos repetir com escala muito maior a história do Pan-Americano de 2007: desvio de dinheiro público, obras grandiosas mas inúteis depois das competições, benefícios só para os empresários amigos do poder e violação dos direitos de milhares de brasileiros.
As remoções de famílias atingidas pelas obras estão acontecendo de forma arbitrária e violenta. Essa situação já foi denunciada inclusive pelas Nações Unidas.
Parece democracia, mas a população não é informada nem consultada. Os jogos estão sendo utilizados como desculpa para instalar uma verdadeira “Cidade de Exceção”, com violação sistemática dos direitos e leis.
Desse jeito, qual será o legado dos megaeventos? Será a privatização dos espaços e equipamentos públicos, da saúde e da educação? A elitização do futebol e dos estádios? Os lucros e os benefícios com isenções e empréstimos subsidiados com o nosso dinheiro para as empreiteiras? O lucro da Copa é dos empresários, mas a dívida ficará para a cidade e cidadãos.
Não podemos permitir que o que aconteceu na Grécia e na África se repita aqui!

Junte-se a nós! Vamos juntos mudar este resultado! Vamo pra luta!
Venha bater uma bola com a gente no Largo do Machado!
Dia 30 de julho a partir das 10h.
Remoção ZERO!
A Cidade não é mercadoria!
Não a privatização das terras e recursos públicos, dos aeroportos, da educação e da saúde!
Maiores informações: comitepopulario.wordpress.com

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mãe passei no vestibular mas será que vou concluir o curso?



Dia feliz! Trote na Letras da UFRJ.
Bom enquanto durou.

Agora é oficial. Não sou mais aluno da Letras UFRJ.
Hoje vi no site de sistema da Ufrj (SIGA), que fui jubilado. Matrícula cancelada e nem fui eu quem cancelou.
O aluno de baixa renda que, beneficiada ou não por cota social, passa no vestibular de uma universidade pública. Imagina ter uma oportunidade de ascender, intelectual e profissionalmente. Quando entra, no entanto, encara exigências financeiras acima do razoável. Sem falar nas condições das universidades públicas que sem investimentos estão cada vez mais sucateadas. Não há investimentos dos governos na educação e sim cortes e mais cortes. A assistência estudantil não funciona, é uma grande balela e as poucas bolsas requerem um histórico acadêmico livre de reprovações. Bolsa de pesquisa é para poucos.
Faço parte de uma multidão que não tem assistência estudantil e não consegue se manter na universidade seja por falta de dinheiro pra pagar passagens de ônibus, livros, xerox, alimentação, ou por doença causada pela FALTA de dinheiro e outras questões objetivas e subjetivas da vida material.
Tamanha onerosidade dá ao ensino superior brasileiro um caráter socialmente excludente. Apenas quem possui renda familiar razoável ou acima do razoável tem acesso amplo a um bom estudo numa universidade, ainda que pública e sem mensalidades. Mas para a maioria das pessoas torna-se proibitivamente difícil alcançar a formatura com um histórico acadêmico impecável.
Pode-se pensar na possibilidade de trabalhar enquanto estuda. Mas esta também é uma hipótese marcada por limitações. Muitos cursos não têm disponibilidade do turno à noite e vários são de horário integral (turno duplo).
Mesmo quando se consegue uma conciliação de cargas horárias entre trabalho e estudo, o emprego pode se chocar contra a ocasional exigência de estágio obrigatório.
Essa realidade dispendiosa da vida acadêmica no Brasil reafirma que o ensino superior é socialmente excludente, se não proibitivo.
Enquanto a educação no Brasil agoniza, a União Nacional dos Estudantes-UNE recebe milhões dos governos Lula e Dilma para aplaudir de pé os cortes de verba na educação.

Da luta não me retiro!
Por uma universidade pública, gratuita e de qualidade!
10% do PIB pra educação!

Denilson Prata
ANEL-RJ

domingo, 24 de julho de 2011

"Os bons morrem cedo" (Renato Russo)

A morte de Amy Winehouse é um produto mórbido de nossa época, e dessa sociedade “capetalista”, uma vez que se pensa como um produto a imagem de uma moça tão talentosa, mas com uma carreira vivida com tantos dramas pessoais. Se comercializa essa imagem como uma mercadoria, um bem de consumo. A agonia de Amy foi exibida ao longo de anos, em rede mundial e em tempo real, com todos os requintes de um freak show, esse lixo que as pessoas em frente de seus aparelhos de TV são obrigadas a assistir todos os dias como entreterimento.
E quanta gente besta aparecendo na TV ou nos twiters e facebooks da vida, com suas teses, opinando sobre a vida dela? ZILHÕES de hipócritas com suas teorias da “verdade” para julgar e condenar. Esquecem que eles próprios vivem e alimentam esse sistema que mata mais que OVERDOSE. Esquecem que o próprio sistema é uma overdose de guerras, racismo, fome, depressão, melancolia.
Diria Nelson Rodrigues: “Morrer é fácil, viver é que são elas.”
E quem consegue viver sadio nessas condições desgraçadas que o capitalismo nos impõe? Sim o capitalismo faz mal a saúde. No caso de Amy, não foi a probreza ou a fome que a matou. O que a matou foi a exposição de suas dores, a cobrança moral, de que ela tinha de ser uma mocinha boa, mostrar resultados mercadológicos em sua arte, não dar mal exemplo etc. Claro, ela não conseguia ser isso tudo que impuseram sobre seus ombros. Tanta pressão, de todos os lados. E quem pode dizer que ela não tentou buscar um momento tranquilo de viver sem angústia? Não conseguindo, veio o recurso do álcool e das drogas.
E junto com isso, com tantas lutas, a pessoa ainda ter uma tendência, ter um desequilíbrio químico, uma condição mental. Não é simplesmente julgar e virar as costas dizendo: “Era uma louca! Procurou isso. Bem feito, não passava de uma louca, drogada e alcólotra" . Tem gente que culpa a vítima dizendo: “Ela tinha um impulso destrutivo”. Caramba, mas todo mundo tem! Lógico, algumas tem mais que as outras e aí é doença. Não faz parte do projeto natural do ser humano nascer e autodestruir-se, faz? Talvez Amy tivesse uma condição que a levava a isso. Um bug, uma falha, uma doença.
Em Amy era tudo tão visível, o talento, a doença. Na mesma proporção, imensos, gigantescos. E uma vida tão breve, com tanto sofrimento.
Não escolhemos o que somos. Nem os talentos, nem as fraquezas e doenças. E como esse mundo está de pernas pro ar, agente acaba crescendo e adquirindo tanta coisa ruim. A gente tem que aprender a lidar, a controlar, tratar. Mas não é fácil assim. Se tudo fosse tão simples, só questão de consciência e opção...aahhh.
Sabe quando você decide que vai fazer uma coisa e não CONSEGUE seguir aquilo que você mesmo decidiu? Quer levantar e sente preguiça? É só questão de força de vontade? Claro que não. E mesmo a falta de força de vontade não É CULPA da pessoa.
Todos nós temos problemas, questões, condições, tanto faz o termo. Precisamos de ajuda e tratamento quando estamos doentes. Precisamos de respeito sempre. E o primeiro passo pra respeitar o problema do outro é reconhecer o nosso. Bom, tem que ser muito bem resolvido pra admitir sua verdade.

De Amy fica entre nós
sua arte, talento, timbre e canção
que era grito de socorro e vontade de sentir vida pulsando.
Fica entre nós sua poesia do cotidiano em suas lutas pessoais.


E buscando dessa fonte, lugar de imensa sensibilidade e autenticidade de Amy,
eis um verso da canção It's My Party.
"Se isso acontecesse com você
você também choraria
essa é a minha festa e choro se eu quiser"
(Herb Wiener, Wally Gold e John Gluck)